' Minha mãe era uma pessoa silenciosa, capaz de dissimular-se entre os móveis, de perder-se no desenho do tapete, de não fazer o menor ruído, como se não existisse; contudo, na intimidade do quarto que dividíamos, ela se transformava. Começava a falar do passado ou a narrar suas histórias, e então o aposento se enchia de luz, desapareciam as paredes, dando lugar a incríveis paisagens, palácios abarrotados de objetos nunca vistos, países longínquos inventados por ela ou tirados da biblioteca do patrão.
Colocava a meus pés todos os tesouros do Oriente, a lua e mais ainda. Reduzia-me ao tamanho de uma formiga, para eu sentir o universo a partir da minha pequenez, punha-me asas para vê-lo a partir do firmamento, dava-me uma cauda de peixe para conhecer o fundo do mar."
Poxa vida!
ResponderExcluirEstava com saudades. Cheguei a pensar que tivesse abandonado o blog.
Sempre que venho a teu blog, me arrepio com as frases/textos que você coloca, mas essa sem dúvidas, é uma das mais bonitas que já li.
Não suma mais *--*
"...punha-me asas para vê-lo a partir do firmamento, dava-me uma cauda de peixe para conhecer o fundo do mar."
ResponderExcluir:D
Que coisa mais lindaaaaaaaa Danny!
ResponderExcluirIsabel Allende será o próximo livro a ser lido.
Um beijo minha flor!
- E vamos encher o mundo de linduras -
Ebaaaaaaaaaa rs!!!
Nossa, que lindo! Adorei! Beijos!
ResponderExcluirQuase como a descrição das mães clássicas do século XIX, que andavam como fantasmas pela casa e se desabavam com as filhas mulheres.
ResponderExcluirO que era diferente com os filhos homens, que eram treinados para serem seres sem sentimentos.